Derrida no multiplex: porque a desconstrução desconcerta o establishment filosófico

Abstract

Baseando-se em grande medida no debate, na filosofia da linguagem, entre Searle e Derrida, acerca da teoria dos atos de fala, o presente ensaio revela um impasse fundamental entre uma leitura textualista (ou desconstrutora) e uma sistemática (ou filosófica). O texto defende que a insistência da desconstrução na heterogeneidade irredutível e na pluralidade dos sentidos textuais torna-a inassimilável pelos sistemas homogeneizadores de sentido que dominam o establishment filosófico. Para Rajagopalan, o legado da desconstrução é transmitido, ao menos em parte, por meio de uma resistência contínua à assimilação pelo mainstream filosófico. Palavras-chave: Teoria dos atos de fala. Performatividade. Textualismo. Searle. Heterologia. Platonismo.