Do nariz ao bigode: Um, nenhum e cem mil de Luigi Pirandello e O bigode de Emmanuel Carrère - um diálogo
Palabras clave:
Pirandello, Crise do sujeito, Carrère, Diálogo,Resumen
Um dos índices mais evidentes da modernidade é o que o ensaísta e poeta italiano Enrico Testa aponta como “fratura do senso de continuidade”. Para o estudioso, a destruição do eu e a subversão da lógica tradicional do narrar, estão na base do último romance pirandelliano (TESTA, 2009). Com efeito, talvez, nenhum outro autor tenha, como Luigi Pirandello, representado, em sua vasta produção artística, a crise do sujeito, a natureza cindida do homem moderno. Como não poderia deixar de ser, o amplo espectro de obras e influências do grande autor reverberou muito além da circunscrição siciliana, deixando marcas e vestígios em muitos ficcionistas e dramaturgos modernos e contemporâneos. De fato, conforme observa Maurício Santana Dias (2008, p.12) “[…] o desconforto do ambiente ficcional criado por Pirandello não está longe de certas situações imaginadas por Camus, Beckett ou, mais recentemente, Thomas Bernhard”. Por meio de um viés comparatista, privilegiando o intertexto como “categoria de interpretância” (RIFFATERRE apud SAMOYAULT, 2008, p.25), o presente estudo visa propor um diálogo entre Um, nenhum e cem mil (PIRANDELLO, 2001) do eminente autor siciliano e o conto O bigode do escritor francês contemporâneo Emmanuel Carrère (2011).Descargas
Publicado
15/05/2018
Número
Sección
Dossiê
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