Atopia e aporia: os corpos desmortos na ficção
Palabras clave:
Literatura fantástica, Corpo, Zumbi, Biopolítica, Morte, Atopia,Resumen
Os monstros sempre figuraram no rol de personagens da literatura, representando não somente aquilo que se deve temer, como também, em muitos casos, aquilo que é temível e terrível que se instala em nós, escondendo-se por detrás das máscaras sociais. Depois de um período de uma enorme emergência do vampiro na literatura, cinema, novelas gráficas e outros suportes, vemos a irrupção de uma arte na qual o monstro tematizado e problematizado é o zumbi. Algumas questões despontam, como: Que condições favorecem a irrupção das narrativas com desmortos em nossa contemporaneidade? Como podemos pensar a subjetividade do homem contemporâneo tomando como base os corpos desmortos? O que significa não morrer? Faremos nosso percurso analítico com base em alguns filmes, em uma novela gráfica e em algumas narrativas literárias, com foco especial sobre o conto de Murilo Rubião intitulado “O pirotécnico Zacarias”. Nos encaminhamentos teóricos, privilegiaremos o debate sobre algumas noções, como a morte, a biopolítica, o corpo, a subjetividade; bem como sobre conceitos do campo da literatura fantástica.
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