Poesia em trânsito
Palabras clave:
Poesia brasileira contemporânea, cidade, José Paulo Paes, Sebastião Uchoa Leite, Ana Cristina César, automóvel, Brazilian contemporary poetry, city, José PauloPaes, car,Resumen
A relação do poeta contemporâneo com a grande cidade radicalizou as primeiras percepções de Baudelaire. Em lugar do flâneur, o espectador urbano passa no trânsito, a pé ou de automóvel, e entrevê o outro de uma perspectiva mais veloz, como uma exacerbação das fulgurações súbitas do caminhante do século XIX. Escolhi poemas de José Paulo Paes, Sebastião Uchoa Leite e Ana Cristina César, que tratam do encontro fortuito com um sentido maior de tempo em meio ao deslocamento, como emblema da possível “aura” que ainda experimenta o passante. Embora o sujeito lírico também se mova rapidamente, há uma ampliação do quadro - uma revelação que o põe a nocaute (como lembra do Cortázar quando aproxima automóvel, revólver e fotografia, à poesia e ao conto). Os meios de transporte podem ser metáforas da vida na metrópole atual, simbolizando aspectos das experiências fugazes que o poeta salva pelo seu testemunho, e dos quais participamos como leitores.Descargas
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