Do subterrâneo à fachada: a cidade escrita de Machado de Assis e Lima Barreto

Autores/as

  • Níncia Cecília Ribas Borges-Teixeira

Palabras clave:

Cidade textual, Literatura, Machado de Assis, Lima Barreto,

Resumen

A pesquisa pondera as relações entre literatura e experiência urbana, sob esta perspectiva faz-se o levantamento das representações da cidade do Rio de Janeiro, recém-inserida na modernidade e que ainda comporta vestígios do passado colonial. O trabalho tem como objeto central a análise das crônicas produzidas por Machado de Assis e Lima Barreto, escritores que podem ser considerados retratistas de um Rio que se modernizava. O estudo destas crônicas considera além do enfoque literário, a configuração histórica e o forte apelo jornalístico deste gênero, que até pouco tempo, era desconsiderado pelo cânone literário. Além da representação da cidade do Rio de Janeiro engendrada pelo discurso literário, promove-se o inusitado literário entre as figuras de Machado de Assis e Lima Barreto, até então, consideradas antitéticas. A fim de se promover essa confluência, esboça-se o mapa discursivo da metrópole que se modernizava, o Rio de Janeiro que adentrava no século XX. Por meio do desvendamento da floresta de símbolos que é tecida no seio da modernidade, emergem a cidade machadiana e a cidade barretiana. O que se observa, então, é o aparecimento de um Rio de Janeiro escrito a quatro mãos, em meio a uma “harmonia desconcertante” gerada pelo aparente paradoxo que envolve o fazer literário destes escritores

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