Mitologismo moderno: a filosofia existencialista e o Orestes de Jean-Paul Sartre

Autores

  • Lidiane Cristine de Lima Ferreira Doutoranda em Estudos Literários. UNESP – Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Ciências e Letras – Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários. Araraquara – SP – Brasil.
  • Guacira Marcondes Machado Leite UNESP – Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Ciências e Letras – Programa de Pós- Graduação em Estudos Literários. Araraquara – SP – Brasil.

Palavras-chave:

Sartre, Existencialismo, Orestes, Mito, filosofia,

Resumo

Na peça Les mouches, escrita por Jean-Paul Sartre em 1943, o herói grego Orestes serve como ilustração de uma teoria existencialista que expressa as noções de liberdade e responsabilidade. Isso porque essa filosofia defende a ideia de que o que está na base da existência humana é a livre escolha que cada homem faz de si mesmo e de sua maneira de se construir, de forma que “a liberdade provém do nada que obriga o homem a fazer-se, em lugar de apenas ser” (SARTRE, 1970). Sartre utiliza a personagem de Orestes para representar esse “ser” livre, que pode escolher o que quer ser e como sê-lo, independentemente de qualquer convenção religiosa, institucional ou social; mas que é, acima de tudo, responsável por sua própria liberdade. Desta forma, buscamos compreender o papel da personagem de Orestes na peça sartreana e a maneira pela qual o diálogo com o mito traz à tona, de forma simbólica, o contexto da França dos anos 40 e a filosofia existencialista.

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Publicado

05/06/2019

Edição

Seção

Artigos