Haiti e Senegal
da francofonia aos contatos e políticas linguísticas em Santa Catarina e na grande Florianópolis
Palavras-chave:
Imigração, Haiti, Senegal, Políticas linguísticas, Educação, FlorianópolisResumo
Partindo de uma experiência docente, apresenta-se o contexto de imigração de haitianos e senegaleses na Grande Florianópolis. Por meio de revisão bibliográfica e consulta em documentos oficiais, investigam-se os fluxos migratórios, a composição da paisagem linguística, os contatos linguísticos advindos desses fluxos e sua interface com as políticas linguísticas bilíngues no Brasil. Verificou-se que haitianos e senegaleses têm condições de trabalho mais precárias que imigrantes de outras regiões, menores rendimentos e que a falta de domínio da língua portuguesa pode atuar como instrumento de opressão e silenciamento. Observou-se que informações sobre as línguas dos imigrantes não são consideradas nos instrumentos de pesquisa e análise de dados oficiais, havendo poucos dados acerca de seus perfis e repertórios linguísticos. Esse mesmo cenário encontra-se nas políticas linguísticas para o ensino de português para imigrantes e refugiados em Santa Catarina, cuja responsabilidade recai sobre unidades escolares e iniciativas de ONGs, entidades civis e Universidades, que desenvolvem às vezes material didático próprio. Pesquisas sobre práticas de translinguagem nestes espaços de socialização e de ensino presenciais e virtuais podem favorecer a atuação e a formação docente continuada, para preparar os professores a atuarem junto aos imigrantes residentes na Grande Florianópolis.
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