Da <i>Folio</i> à <i>Bibliofolie</i>: o mundo dos livros em poemas de Jacques Prévert

Autores

  • Eclair Antonio Almeida Filho USP - Universidade de São Paulo

Palavras-chave:

Jacques Prévert, Bibliofolie, Recreação, Livros, Leitura. Escritura, Recreation, Books, Lecture, Writing.

Resumo

Neste artigo, propomo-nos a mostrar como Prévert concebe em alguns de seus poemas a idéia de um livro aberto que, a partir do objeto-livro e dele se libertando, sempre se recrie. Acrescentemos que, para nós, o projeto do livro em Prévert serve de uma só vez de suporte e de veiculação para as mais diversas manifestações artísticas. Diferentemente da concepção romântica, o livro em Prévert não é um projeto individual, mas coletivo. À bibliofilie (bibliofilia, culto aos livros) Prévert prefere a bibliofolie (loucura e folia dos livros). Na bibliofolie, os personagens dos livros que o poeta leu visitam a obra prevertiana bem como passam por ela. Há entre as obras permutação, movimento e trânsito; o livro se liberta dos limites impostos por sua forma objetal, gráfica, de sua encadernação. Assim, eles não são mais apenas uma continuação numérica da biblioteca, mas uma recriação bem como uma recreação do mundo literário. Palavras-Chave: Jacques Prévert. Bibliofolie. Recreação. Livros. Leitura. Escritura.

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