De Melusina à mulher-criança: a defesa de André Breton em favor das mulheres no poder em Arcano 17
Mots-clés :
Melusina, Mulher-Criança, Crítica Literária Feminista, André Breton, Arcano 17,Résumé
A narrativa poética Arcano 17 foi escrita por André Breton em 1944, período no qual a França se libertava da ocupação nazista, provocando no líder do Surrealismo um sentimento de esperança, que se encontra refletido na obra. Tendo em vista este aspecto, o presente artigo tem como objetivo a análise de dois símbolos femininos presentes em Arcano 17 – a personagem lendária Melusina e o estereótipo da mulher-criança, popularizado pelo romance La Femme-Enfant: roman contemporain (1891), de Catulle Mendès –, com o intuito de demonstrar o desencantamento de Breton em relação ao patriarcado, bem como a defesa do surrealista em favor da substituição do poder dos homens pelo das mulheres, posicionamento revolucionário e incomum para a época em que a obra foi redigida.
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