A literatura como revolta: o pensamento filosófico no romance de Albert Camus

Autores

  • Ludmilla Carvalho Fonseca Doutoranda em Letras. UNESP – Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Ciências e Letras. Assis – SP – Brasil.

Palavras-chave:

Albert Camus, Literatura, Filosofia, Revolta,

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo principal demonstrar a centralidade do tema da revolta na literatura de Albert Camus. Além de teorizar sobre a revolta com a elaboração de um tratado filosófico, na escrita literária, através dos romances, peças e contos, o escritor franco-argelino também inseriu este debate filosófico existencial. A relação entre absurdo e revolta compõe seu projeto literário no qual as personagens se caracterizam como sujeitos revoltados. Neste prisma, Camus elabora sua literatura como revolta. Para isso, utiliza-se de fundamentos filosóficos presentes na herança do pensamento existencial de Stirner e de Nietzsche. A morte de Deus, para esses filósofos, suplanta o projeto moderno de homem e de sociedade, culminando no niilismo. Para Camus, essa filosofia radical contribuiu decisivamente para o projeto de superação do niilismo europeu moderno, na busca por um novo humanismo. Esse percurso de libertação humana pela revolta é transfigurado literariamente na elaboração de seus romances.

Biografia do Autor

Ludmilla Carvalho Fonseca, Doutoranda em Letras. UNESP – Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Ciências e Letras. Assis – SP – Brasil.

Doutoranda em Letras pela UNESP / FAPESP.

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Publicado

23/01/2019

Edição

Seção

Artigos