Soberania fragmentada nas fronteiras amazônicas frente à crescente presença do narcotráfico: uma tragédia anunciada?

Autores

  • Marilia Carolina Barbosa de Souza Pimenta UAM – Universidade Anhembi Morumbi. São Paulo – SP – Brasil.

Palavras-chave:

Áreas não governadas, Fronteiras amazônicas, Crime transnacional, Forças Armadas,

Resumo

O artigo visa problematizar a contribuição teóricoconceitual das áreas não governadas ou dos chamados black spots tendo como estudo de caso o crime organizado na região fronteiriça amazônica. Historicamente, a região observou baixo desenvolvimento e povoamento, o que a tornou um desafio ainda maior para o Estado brasileiro, não só em virtude do crescente crime transnacional, que tem cruzado a fronteira, mas também devido a necessidade de acompanhar, por meio de uma perspectiva mais profunda de desenvolvimento, as iniciativas de defesa e vigilância da região. Por um lado, a análise de documentos do UNDOC aponta que a região amazônica tem sido cada vez mais utilizada para o tráfico de drogas, armas e pessoas; por outro, a análise de programas governamentais e de operações policiais e militares, como a Operação Ágata, demonstra que estes devem vir acompanhados de ações voltadas para o desenvolvimento. Por fim, o artigo constata os inúmeros desafios oferecidos pela região, sobretudo no que se refere ao crime transnacional, e reforça a validade da matriz teórico-conceitual das áreas não governadas ou black spots para o entendimento e compreensão deste fenômeno.

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Publicado

10/04/2019

Edição

Seção

Dossiê: América do Sul em Perspectiva