Raymundo Faoro: quando mais é menos

Autores

  • Maria Aparecida Azevedo Abreu

Palavras-chave:

Patrimonialismo, Estamento burocrático, pensamento político brasileiro, Brasil, Portugal

Resumo

O objeto do trabalho é o pensamento político de Raymundo Faoro. A partir da leitura de sua obra e da de outros autores que, se não dialogam diretamente com Faoro, têm com ele pontos em comum, serão apontados alguns entraves para que a tese central de Faoro seja aceita sem reservas. Tal tese é a da existência, na formação nacional brasileira, de um patrimonialismo estamental exercido através de um estamento burocrático que teria sua origem em Portugal e permanecido ao longo de toda a história brasileira. A presença deste estamento burocrático teria dado causa à separação entre nação e Estado que, segundo Faoro, marcou os diversos períodos da História do Brasil. A sugestão é a de que, ao buscar algo que caracterizasse a identidade nacional, Faoro acabou enfraquecendo o seu mais forte insight, tornando-o alvo fácil de críticas e dificultando a apropriação de suas observações para uma interpretação da conjuntura do Brasil nas últimas três décadas. Buscando enfrentar essa dificuldade, pretende-se apontar uma possível atualidade da análise de Faoro, confrontando-a principalmente com análises do quadro sócio-político brasileiro realizadas recentemente.

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Publicado

26/02/2007

Edição

Seção

Temas brasileiros