Por que é difícil construir instituições

Autores

  • Giovan Francesco Lanzara Professor Emérito da Universidade de Bologna – Departamento de Política e Ciências Sociais

Palavras-chave:

Instituições, Exploration, Exploitation, Processos Autodestrutivos, Ciclos de Fracasso, Pontos Focais, Rendimentos Crescentes, Bricolagem,

Resumo

Por que a construção de instituições é difícil? Por que muitas vezes acaba por ser autodestrutiva? E como isso ocorre apesar de suas dificuldades? Ampliando um arcabouço analítico desenvolvido por James March (1991), este artigo tenta abordar essas questões examinando o dilema entre a exploration de arranjos institucionais alternativos e a exploitation dos mecanismos atuais. A construção de instituições é vista como um problema de inteligência adaptativa e aprendizagem na alocação intertemporal de recursos. Alguns processos autodestrutivos básicos e ciclos de fracassos associados ao dilema exploration/exploitation são identificados e discutidos. As implicações são traçadas para quatro domínios distintos: competência e dotação de recursos, self-interest, identidade e confiança. Na segunda parte do trabalho são apresentados três modos básicos de construção institucional: pontos focais, rendimentos crescentes e “bricolagem”. Estes são mostrados como mecanismos modestos, mas viáveis para contrariar dinâmicas autodestrutivas e para construir instituições.

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Publicado

19/12/2017

Edição

Seção

Dossiê: Instituições políticas e democracia - dilemas e possibilidades