Vírgulas em textos de alunos de 11 a 15 anos do Ensino Fundamental II
um estudo longitudinal
DOI:
https://doi.org/10.1590/1981-5794-e16232Palavras-chave:
Vírgulas, sintaxe, prosódia, textos escolares, ensino fundamental IIResumo
Neste artigo, objetivamos analisar presenças e ausências de vírgulas em uma amostra longitudinal de textos do gênero relato escritos por alunos de 11 a 15 anos do Ensino Fundamental II de uma escola no interior do estado de São Paulo. Partimos da hipótese de que a vírgula é empregada não só em razão de fronteiras sintáticas, mas também prosódicas. Os constituintes prosódicos são formados a partir de informações sintáticas e fonológicas, segundo princípios definidos no modelo teórico da Fonologia Prosódica. A caracterização de presenças convencionais e de ausências não convencionais das vírgulas foi feita a partir da identificação de fronteiras sintáticas em que deveriam ou poderiam ser colocadas vírgulas, tomando-se como referência uma gramática da língua portuguesa. Os resultados apontaram que a presença convencional da vírgula aumentou durante os anos de escolarização, como esperado. Porém, as taxas de presença e de ausência da vírgula se alteraram a depender do tipo de estrutura sintática e de haver fronteira de frase entoacional. As presenças da vírgula ocorreram em posições que predominantemente coincidiram com fronteiras de frase entoacional que também eram fronteiras sintáticas de orações. Já as ausências da vírgula ocorreram sistematicamente em posições que não apresentaram coincidência entre fronteiras sintáticas e prosódicas.
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