As cegueiras de John Milton e Jacques Derrida
DOI:
https://doi.org/10.21709/casa.v7i1.1769Palavras-chave:
John Milton, Jacques Derrida, visão, cegueira, escuridão visível, sight, blindness, darkness visibleResumo
As metáforas visuais do poema de John Milton, Paradise Lost, são analisadas e lidas através da perspectiva pós estruturalista do filósofo Jacques Derrida em relação à visão/cegueira. Derrida propõe em Memoirs of the Blind (1993) dois tipos de cegueira: a sacrificial e a transcendental. Essas cegueiras servem de ponto de partida para a leitura do poema épico de Milton. Levando-se em consideração as duas cegueiras propostas por Derrida, o objetivo deste ensaio é sugerir que o exercício da visão se submete a um processo de interiorização compatível com uma “descida para o caminho da sabedoria” como encontrado no poema épico. Nessa operação, ocorre o cancelamento do olho físico e a inserção de um “eu que olha” (eu/olho) numa “escuridão visível”. Esse oxímoro, que une John Milton a Jacques Derrida, propõe o estabelecimento do olho interior (uma metonímia do “paraíso interior”) para todos os mo(vi)mentos de leitura e interpretação de textos no mundo.Downloads
Publicado
26/07/2009
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Seção
Artigos
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