As cegueiras de John Milton e Jacques Derrida

Autores

  • Luiz Fernando Ferreira Sá FALE – Universidade Federal de Minas Gerais
  • Miriam Piedade Mansur FALE – Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.21709/casa.v7i1.1769

Palavras-chave:

John Milton, Jacques Derrida, visão, cegueira, escuridão visível, sight, blindness, darkness visible

Resumo

As metáforas visuais do poema de John Milton, Paradise Lost, são analisadas e lidas através da perspectiva pós estruturalista do filósofo Jacques Derrida em relação à visão/cegueira. Derrida propõe em Memoirs of the Blind (1993) dois tipos de cegueira: a sacrificial e a transcendental. Essas cegueiras servem de ponto de partida para a leitura do poema épico de Milton. Levando-se em consideração as duas cegueiras propostas por Derrida, o objetivo deste ensaio é sugerir que o exercício da visão se submete a um processo de interiorização compatível com uma “descida para o caminho da sabedoria” como encontrado no poema épico. Nessa operação, ocorre o cancelamento do olho físico e a inserção de um “eu que olha” (eu/olho) numa “escuridão visível”. Esse oxímoro, que une John Milton a Jacques Derrida, propõe o estabelecimento do olho interior (uma metonímia do “paraíso interior”) para todos os mo(vi)mentos de leitura e interpretação de textos no mundo.

Biografia do Autor

Luiz Fernando Ferreira Sá, FALE – Universidade Federal de Minas Gerais

Luiz Fernando Ferreira Sá é Mestre em Literaturas de Expressão Inglesa, Doutor em Literatura Comparada com Pós-Doutorado em Londres. Professor Adjunto de Literaturas de Expressão Inglesa e Literatura Comparada na Fale - UFMG.

Miriam Piedade Mansur, FALE – Universidade Federal de Minas Gerais

Miriam Piedade Mansur é Mestre em Literaturas de Expressão Inglesa, pré-doutoranda em Literatura Comparada e orientanda do prof. Luiz Fernando Ferreira Sá.

Downloads

Publicado

26/07/2009

Edição

Seção

Artigos