TIMBRE COMO IDENTIDADE SONORA: UMA PROPOSTA DE SEMIOTIZAÇÃO
TIMBRE AS SOUND IDENTITY: A SEMIOTICAL APPROACH
DOI:
https://doi.org/10.21709/casa.v16i1.17814Palavras-chave:
Timbre. Figuratividade. Iconização. Esquematismo tensivo.Resumo
Comumente, define-se o timbre como uma propriedade acústica que identifica a fonte de um dado evento sonoro. Nos trabalhos incidindo sobre o tema, constata-se uma dupla estratégia de descrição timbrística: (i) descrição por nomeação; (ii) descrição por qualificação. Para operacionalizar semioticamente essa identidade sonora criada pelo timbre, foi empregado o conceito semiótico de figuratividade e de investimento sêmico. Esses conceitos foram articulados por meio do aparato analítico do esquematismo tensivo. O modelo desenvolvido logra abranger uma escala contínua de identidades timbrísticas, partindo do mais genérico ao mais específico. Essa escala pode ser segmentada em três grandes regiões de especificação: um grau mínimo, um grau intermediário e um grau máximo. No nível mínimo, o timbre é inespecífico e só permite a identificação de qualidades abstratas. No grau intermediário, encontram-se as descrições e categorizações de timbres em famílias, identificáveis por meio de seu membro mais prototípico. No último grau, encontram-se os timbres identificáveis a entidades únicas e exclusivas no mundo natural. Frequentemente, esses timbres são designados por antropônimos. Tais identidades timbrísticas são cristalizadas no âmbito do discurso e não da matéria. Os resultados estabelecem um modelo abstrato de descrição semiótica do timbre que transcende as diversas tipologias particulares de timbres.
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