PASSADO A LIMPO DA LITERATURA AO CINEMA: A ADAPTAÇÃO CINEMATOGRÁFICA <i>O SOBRADO</i>
DOI:
https://doi.org/10.21709/casa.v10i2.5579Palavras-chave:
Adaptação cinematográfica, Literatura Comparada, Representação da história, Filme histórico, Romance histórico.Resumo
O presente artigo analisa, de forma comparada, “O Sobrado”, capítulo do romance O Continente (1949), de Erico Verissimo, e sua adaptação cinematográfica, O Sobrado (1956), dirigida por Walter George Durst e Cassiano Gabus Mendes. Com base em uma abordagem interdisciplinar, com ferramentas dos domínios da literatura e do cinema, um dos objetivos do trabalho é propor uma análise da adaptação cinematográfica que supere a discussão da fidelidade do filme em termos exclusivamente centrados no enredo do original, explorando outros elementos, tais como a mise-en-scene, a fotografia, a edição e o som. Ao inserir o filme em seu contexto de produção, como fruto tardio da Cia. Cinematográfica Vera Cruz, um dos principais argumentos deste trabalho é que o protagonista das obras, Licurgo Cambará, passa por um processo de esvaziamento que pressupõe mudanças profundas nos elementos narrativos e no estilo visual do filme em relação ao livro. Entretanto, em vez de representarem falhas da adaptação, defende-se que tais alterações estão em sintonia com a organização total do filme e com seu contexto artístico e de produção, gerando uma relação diferente com a representação da história, conscientemente construída no filme.
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