A CORRIDA ATRÁS DO OBJETO: OS ANTISSUJEITOS ÁTONO E TÔNICO

Autores

  • Carolina Tomasi USP – Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.21709/casa.v11i2.6545

Palavras-chave:

Semiótica tensiva, HQs, Semiótica visual, Antissujeito.

Resumo

Este artigo verifica como as interrupções na HQ “Futboil”, de Luiz Gê, são reguladas. Os estudos de missividade de Zilberberg (2006) observam que, quando o fazer emissivo impera, o percurso do sujeito evolui, a narrativa avança e que, quando o fazer remissivo impera, o antissujeito entra em cena, e o percurso do sujeito sofre uma parada em sua evolução, ficando latente. Trata-se de uma intercalação na narrativa entre a parada (remissividade) e a parada da parada (emissividade). Com base nesse jogo missivo, partimos da proposição de dois tipos de antissujeito: de densidade fraca, átono, que interrompe fracamente o percurso do sujeito, e de densidade forte, tônico, que interrompe fortemente a narrativa, ou, em alguns casos, como é o exemplo do final de “Futboil” (a destruição do balão), que introduz uma parada definitiva, chegando a destruir o próprio objeto almejado. Este último tipo faz paradoxalmente o papel actancial de antissujeito e de sujeito: eles mesmos querem, eles mesmos conseguem e eles mesmos rasgam o balão.

Biografia do Autor

Carolina Tomasi, USP – Universidade de São Paulo

Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil. É bolsista do CNPq.

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Publicado

22/01/2014

Edição

Seção

Artigos