A CORRIDA ATRÁS DO OBJETO: OS ANTISSUJEITOS ÁTONO E TÔNICO
DOI:
https://doi.org/10.21709/casa.v11i2.6545Palabras clave:
Semiótica tensiva, HQs, Semiótica visual, Antissujeito.Resumen
Este artigo verifica como as interrupções na HQ “Futboil”, de Luiz Gê, são reguladas. Os estudos de missividade de Zilberberg (2006) observam que, quando o fazer emissivo impera, o percurso do sujeito evolui, a narrativa avança e que, quando o fazer remissivo impera, o antissujeito entra em cena, e o percurso do sujeito sofre uma parada em sua evolução, ficando latente. Trata-se de uma intercalação na narrativa entre a parada (remissividade) e a parada da parada (emissividade). Com base nesse jogo missivo, partimos da proposição de dois tipos de antissujeito: de densidade fraca, átono, que interrompe fracamente o percurso do sujeito, e de densidade forte, tônico, que interrompe fortemente a narrativa, ou, em alguns casos, como é o exemplo do final de “Futboil” (a destruição do balão), que introduz uma parada definitiva, chegando a destruir o próprio objeto almejado. Este último tipo faz paradoxalmente o papel actancial de antissujeito e de sujeito: eles mesmos querem, eles mesmos conseguem e eles mesmos rasgam o balão.
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