TEATRO, CINEMA E INFLUÊNCIA EXPRESSIONISTA EM <i>LIMITE</i> E <i>VESTIDO DE NOIVA</i>

Autores

  • Ciro Inácio Marcondes IESB - Instituto de Educação Superior de Brasília

DOI:

https://doi.org/10.21709/casa.v9i1.4424

Palavras-chave:

expressionismo, arte brasileira, Mário Peixoto, Nelson Rodrigues, cinema silencioso.

Resumo

O teatro e o cinema, enquanto meios de expressão aparentemente semelhantes, encontraram na estética expressionista (no decorrer do século XX) maneiras muito eficientes de potencializar suas próprias formas de comunicar. Assim, as artes dramatúrgica, literária e cinematográfica brasileiras acabaram também encontrando meios de vincular suas identidades ao potencial delineador do expressionismo. O famoso dramaturgo Antunes Filho explora as ambiguidades formais e temáticas do texto Vestido de noiva, de Nelson Rodrigues, a partir de um avanço sobre a linguagem teatral com uma câmera de cinema. Nesse filme-peça, a ambiguidade característica do texto rodrigueano se expande para uma metalinguagem que, de maneira paradoxal, aproxima e distancia o teatro do cinema. Da mesma forma, o filme silencioso Limite, de Mário Peixoto, usa o dispositivo cinema para, ao mesmo tempo, recapitular e sublimar o conteúdo expressionista do qual é herdeiro, tornando essas obras da arte brasileira exemplos de como a relação entre a influência estética e uma constante tentativa de superação então no cerne da relação entre cinema e teatro, arte e vida, passado e presente.

Biografia do Autor

Ciro Inácio Marcondes, IESB - Instituto de Educação Superior de Brasília

Ciro I. Marcondes nasceu em 1981, é crítico e professor de Cinema pelo Universidade de Brasília (UnB) e pelo Instituto de Educação Superior de Brasília (IESB), e mestre em Literatura pela UnB. Traduziu a “A Narrativa Cinematográfica”, de François Jost e André Gaudreault e publicou cinco verbetes no Dicionário da Comunicação (Editora Paulus, 2009), além de ter produzido o 1º Curso de História do Cinema Mundial no Museu Nacional da República, em oito módulos. É especializado em estudos de linguagem cinematográfica e história do cinema, em especial na área de cinema silencioso e cinema de poesia, em que desenvolveu trabalhos sobre Mário Peixoto e Robert Flaherty. Publicou em sites como Cinequanon, Candango e SenhorF, nas revistas Jungle Drums e Porão do Rock, no jornal Correio Braziliense, além de artigos acadêmicos na Revista Cerrados e Cadernos de Semiótica Aplicada (CASA).

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Publicado

27/07/2011

Edição

Seção

Artigos