Como se constroem os ministros do Supremo Tribunal Federal: duas trajetórias em perspectiva

Autores

  • Vinicius Wohnrath UNICAMP – Universidade Estadual de Campinas. Programa de Pós-Graduação em Educação. Campinas – SP https://orcid.org/0000-0001-5717-0906
  • Agueda Bittencourt UNICAMP – Universidade Estadual de Campinas. Programa de Pós-Graduação em Educação. Campinas – SP

DOI:

https://doi.org/10.52780/res.11698

Palavras-chave:

Elites jurídicas, Política e direito, Supremo Tribunal Federal,

Resumo

Luiz Edson Fachin e Alexandre de Moraes foram os dois últimos juristas indicados para assumirem vagas no Supremo Tribunal Federal (STF), órgão de cúpula do Poder Judiciário brasileiro. Com histórias distintas, imbricados com grupos políticos em disputa no cenário nacional, suas nomeações pela Presidência da República foram criticadas por alguns parlamentares e setores da sociedade. Tomando como fontes documentos oficiais da Presidência da República e do Senado Federal, por ocasião das indicações, além dos currículos Lattes e de matérias na imprensa, este artigo busca entender, a partir desses dois casos exemplares, como são construídas as trajetórias daqueles que alcançaram o posto de ministro do STF. Sobretudo, examinamos os investimentos específicos desses membros das elites jurídicas colocando em perspectiva suas heranças familiares, capitais acadêmicos, carreiras jurídicas e posições no espaço político. Contribuindo com a literatura preocupada com os processos de recrutamento pelo STF, nossos resultados apontaram, empiricamente, como que expertises acadêmica e jurídica, sólidos capitais políticos e amplas relações sociais, incluindo a militância política, podem servir como vias de ascensão ao Supremo.

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Biografia do Autor

Vinicius Wohnrath, UNICAMP – Universidade Estadual de Campinas. Programa de Pós-Graduação em Educação. Campinas – SP

Pós-doutorando no Focus/Unicamp, na linha Educação e Ciências Sociais, com bolsa FAPESP (proc. #2017/18251-0). Graduado em Direito pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), mestre e doutor em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Realizou doutorado sandwich no Centre Européen de Sociologie et de Science Politique, laboratório da École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS-Paris), e estágio de mestrado na Facultad Latinoamericana de Ciencias Sociales (FLACSO-Buenos Aires)

Agueda Bittencourt, UNICAMP – Universidade Estadual de Campinas. Programa de Pós-Graduação em Educação. Campinas – SP

Professora associada na FE/Unicamp. Graduada em Pedagogia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), mestre e doutora em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Realizou pós-doutorado na École Normale Superieure de Fontenay-Saint Cloud e na École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS-Paris)

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Publicado

13/02/2019

Como Citar

WOHNRATH, V.; BITTENCOURT, A. Como se constroem os ministros do Supremo Tribunal Federal: duas trajetórias em perspectiva. Estudos de Sociologia, Araraquara, v. 23, n. 45, 2019. DOI: 10.52780/res.11698. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/estudos/article/view/11698. Acesso em: 25 dez. 2024.