O povo enquanto categoria fílmica
análise sociológica de Terra em Transe (1967) e Manhã Cinzenta (1969)
DOI:
https://doi.org/10.52780/res.13548Palavras-chave:
Terra em Transe, Manhã Cinzenta, Povo, Sociologia do CinemaResumo
O artigo consiste em uma análise sociológica comparativa dos filmes Terra em transe (Glauber Rocha, 1967) e Manhã Cinzenta (Olney São Paulo, 1969) à luz do contexto político brasileiro atual. Leva-se em conta diferenças e similitudes entre o contexto atual e o de realização dos filmes, problematizando os olhares constituídos hoje sobre essas duas obras em função de sua importância histórica e do reconhecimento conquistado posteriormente pelos seus diretores. A análise se concentra na construção fílmica da categoria “povo” nas duas obras, identificando os “sistemas relacionais” (SORLIN, 1985), nos quais se constituem redes de relações e hierarquias entre personagens enquanto expressões ideológicas de determinado contexto. A partir disso, problematiza-se que imagem de “povo” estes filmes contribuíram para construir e cristalizar.
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