O polo de confecções do Agreste Pernambucano

Origens e configurações atuais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.52780/res.v27i00.13897

Palavras-chave:

Polo de confecções do Agreste Pernambucano, Informalidade, Trabalho autônomo, Empreendedorismo

Resumo

Este artigo discute o histórico de formação do Polo de Confecções do Agreste Pernambucano e suas relações com as configurações atuais desse território produtivo. Procuramos traçar o percurso de um território que superou as crises econômicas provocadas pelo declínio da produção rural – principalmente em razão das grandes secas na região – e hoje aparece como um dos principais centros de produção de confecções e comércio popular do Brasil. A partir de pesquisa realizada entre 2017 e início de 2020 – com visitas a unidades produtivas, realização de entrevistas com trabalhadores e empresários e levantamento de dados sobre a indústria de confecções local –, buscamos discutir a organização produtiva do Polo e as percepções dos trabalhadores em relação à valorização do trabalho autônomo, ainda que na informalidade. Argumentamos que, forjadas na dialética entre privação e inventividade, as configurações atuais do Polo e seu poder de competitividade residem, em grande medida, na homologia entre as disposições fundadas num “imperativo da independência”, relacionado ao histórico da região, e a lógica neoliberal contemporânea da responsabilização individual, cuja sustentação material se verifica em formas flexíveis e intensas de trabalho autônomo e informal.

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Biografia do Autor

Felipe Rangel, Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), São Carlos – SP – Brasil

Pós-Doutorado. Doutorado em Sociologia. Pesquisador de pós-doutorado no Instituto de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (IAU-USP).

Roseli de Fátima Corteletti, Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Campina Grande – PB – Brasil

Professora Efetiva. Doutorado em Sociologia (UFPB).

Publicado

30/06/2022

Como Citar

RANGEL, F.; CORTELETTI, R. de F. O polo de confecções do Agreste Pernambucano: Origens e configurações atuais. Estudos de Sociologia, Araraquara, v. 27, n. 00, p. e022013, 2022. DOI: 10.52780/res.v27i00.13897. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/estudos/article/view/13897. Acesso em: 28 dez. 2024.