Intermediações socioestatais e associativismo
implicações entre clientelismo, participação e representação em Curitiba-PR
DOI:
https://doi.org/10.52780/res.14724Palavras-chave:
Associativismo, Clientelismo, RepresentaçãoResumo
O debate sobre o associativismo de bairro e o contato com as instituições políticas foi historicamente abordado a partir de perspectivas que denotavam uma visão negativa acerca desta relação, como resultado de vínculos políticos arcaicos, despolitizados e com certa passividade presente nos agentes populares. Este artigo problematiza os conceitos relacionados ao associativismo e movimentos sociais urbanos, como clientelismo, representação, participação e intermediação socioestatal, ao demonstrar a intencionalidade referente aos projetos políticos que configuram tais interações. Utiliza-se de dados sobre o associativismo de bairro em Curitiba-PR e sua dinâmica de forte interação consensual entre lideranças populares e o executivo municipal nos últimos 30 anos, moldando apoios eleitorais, o desenvolvimento de instâncias institucionais de representação política, o trânsito entre lideranças da sociedade civil para o interior dos governos e como institutos de participação são utilizados para minimizar conflitos com outros atores da sociedade civil e o executivo municipal.
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