Medicalização global, TDAH e infâncias

Um estudo na mídia de 7 países

Autores

DOI:

https://doi.org/10.52780/res.v27iesp.2.16855

Palavras-chave:

Medicalização, Infâncias, Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, Mídia

Resumo

O objetivo é analisar os resultados da pesquisa em sete países da Ásia, América, Europa e Oceania, para saber quais atores sociais estão representados na mídia sobre TDAH, de que forma e com quais efeitos. Apoiamos o argumento em três eixos: TDAH como exemplo paradigmático da medicalização da saúde mental das crianças; TDAH na infância como diagnóstico global; e a mídia como um ator não médico relevante na globalização do diagnóstico de TDAH. Foi formado um corpus de 28 peças de bibliografia específica (livros, capítulos de livros e artigos científicos). Tomamos como referência teórico-conceitual as contribuições da corrente da medicalização da sociedade. Discute a multiplicidade de discursos midiáticas sobre TDAH em crianças, e sobre a articulação de atores sociais não médicos nos processos de medicalização global do TDAH.

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Biografia do Autor

Eugenia Bianchi, Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas, Instituto de Pesquisas Gino Germani, Universidade de Buenos Aires (CONICET-IIGG, UBA), Cidade de Buenos Aires – Argentina

CONICET Pesquisadora Associada, Pesquisadora do IIGG, Co-Coordenadora do Grupo de Estudos em Saúde Mental e Direitos Humanos (GESMyDH) e Pesquisadora membro da Área de Saúde e População. Chefe de Trabalho Prático UBA, Faculdade de Ciências Sociais. Dra. em Ciências Sociais, Mgs. em Pesquisa em Ciências Sociais, Bacharel em Sociologia (UBA).

Milagros Oberti, Instituto de Pesquisa Gino Germani, Universidade de Buenos Aires (IIGG, UBA), Cidade de Buenos Aires – Argentina

Mestranda da UBACyT, Membro do Grupo de Estudos em Saúde Mental e Direitos Humanos (GESMyDH). Primeira Professora Assistente da UBA, Faculdade de Ciências Sociais. Bacharel e Profa. em Comunicação Social (UBA).

Silvia Faraone, Instituto de Pesquisa Gino Germani, Universidade de Buenos Aires (IIGG, UBA), Cidade de Buenos Aires – Argentina

Pesquisadora do IIGG, Coordenadora do Grupo de Estudos em Saúde Mental e Direitos Humanos (GESMyDH) e pesquisadora membro da Área de Saúde e População. Titular da Cátedra UBA, Faculdade de Ciências Sociais. Dra. em Ciências Sociais, Mgs. em Saúde Pública, Bacharel em Serviço Social (UBA).

Flavia Torricelli, Instituto de Pesquisa Gino Germani, Universidade de Buenos Aires (IIGG, UBA), Cidade de Buenos Aires – Argentina

Membro do Grupo de Estudos em Saúde Mental e Direitos Humanos (GESMyDH). Auxiliar de Ensino UBA, Faculdade de Ciências Sociais. Dr. em Psicologia, Bacharel em Psicologia (UBA).

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Publicado

30/09/2022

Como Citar

BIANCHI, E.; OBERTI, M.; FARAONE, S.; TORRICELLI, F. Medicalização global, TDAH e infâncias: Um estudo na mídia de 7 países. Estudos de Sociologia, Araraquara, v. 27, n. esp.2, p. e022023, 2022. DOI: 10.52780/res.v27iesp.2.16855. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/estudos/article/view/16855. Acesso em: 6 out. 2024.