Uma ruptura antropológica sem precedente
DOI:
https://doi.org/10.52780/res.v29i2.19075Palavras-chave:
Pandemia, Corpo, Ritos, Catástrofe, BiopolíticaResumo
A crise sanitária lembra a estreita interdependência de nossas sociedades, a impossibilidade de fechar as fronteiras, porque o vírus já está aqui. A pandemia impõe uma biopolítica devido a questões que ultrapassam as fronteiras dos países. O vírus é o inimigo dissimulado do qual é preciso imunizar o corpo social através da máscara, do distanciamento físico e de contatos limitados. O mundo inteiro entrou numa fase de liminalidade que carece de instruções de utilização. Entra em cena um sistema de acordo de não trespasse levado a seu extremo. Essa experiência da pandemia quebrou um certo descuido em relação ao passar dos dias, recordando brutalmente a precariedade da existência. Ela restabelece uma escala de valor ocultada por nossas rotinas. A crise sanitária lembra brutal e saudosamente o preço das coisas sem preço.
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