Uma ruptura antropológica sem precedente

Autores

DOI:

https://doi.org/10.52780/res.v29i2.19075

Palavras-chave:

Pandemia, Corpo, Ritos, Catástrofe, Biopolítica

Resumo

A crise sanitária lembra a estreita interdependência de nossas sociedades, a impossibilidade de fechar as fronteiras, porque o vírus já está aqui. A pandemia impõe uma biopolítica devido a questões que ultrapassam as fronteiras dos países. O vírus é o inimigo dissimulado do qual é preciso imunizar o corpo social através da máscara, do distanciamento físico e de contatos limitados. O mundo inteiro entrou numa fase de liminalidade que carece de instruções de utilização. Entra em cena um sistema de acordo de não trespasse levado a seu extremo. Essa experiência da pandemia quebrou um certo descuido em relação ao passar dos dias, recordando brutalmente a precariedade da existência. Ela restabelece uma escala de valor ocultada por nossas rotinas. A crise sanitária lembra brutal e saudosamente o preço das coisas sem preço.

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Publicado

01/11/2024

Como Citar

LE BRETON, D. Uma ruptura antropológica sem precedente. Estudos de Sociologia, Araraquara, v. 29, n. 2, 2024. DOI: 10.52780/res.v29i2.19075. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/estudos/article/view/19075. Acesso em: 9 dez. 2024.