A voz subalterna de Joaquim Bentinho
Palavras-chave:
Subalternidade, Caipira, Cornélio Pires,Resumo
Na modernidade, os grupos caipiras foram representados a partir de um padrão normativo articulado a referências “cultas” e “citadinas” de escritores cujas análises buscaram expurgar a alteridade e acabaram conferindo à condição de sua subalternidade: o silêncio. Pensando nesses aspectos, o presente texto busca investigar como a voz subalterna de Joaquim Bentinho se manifesta nas obras As estrambóticas aventuras de Joaquim Bentinho, de 1924, e A Continuação das estrambóticas aventuras de Joaquim Bentinho, de 1929, escritas por Cornélio Pires. Com uma prática literária e científica diletante direcionada para a valorização da cultura caipira, o autor teve que lidar com sua própria subalternidade nesses campos sociais. Ao se eleger como legítimo porta-voz caipira, sua empreitada exprime avanço frente àqueles/as que concebiam os/as caboclos/as somente a partir de uma quantidade negativa, ao passo que os limites que seu pensamento apresenta indicam a preservação do caráter uníssono de nossas epistemologias literárias e científicas.
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