Isaltina Campo Belo: um corpo estranho em linha de fuga

Autores

  • Bruno Cardoso UNB ‒Universidade de Brasília ‒ Doutorando em Literatura e Práticas Sociais ‒ Brasília ‒ DF

Palavras-chave:

Conceição Evaristo, Literatura brasileira afrofeminina, Literatura brasileira homoafetiva,

Resumo

A emergência dos estudos culturais no campo das ciências humanas trouxe à baila uma gama de conceitos cuja acepção guarda uma proximidade com categorizações advindas do campo da investigação geográfica. Em consequência disso, decorre, nessa vertente dos estudos literários, a assunção de uma vasta taxonomia de conotação espacial no afã de abarcar, amiúde, uma gama de fenômenos da atualidade cuja ocorrência se tece sob a insígnia da mobilidade, das experiências de viagem e diáspora, do trânsito incessante, das identidades à deriva. Com aporte teórico em Susan Stanford Friedman (1998), analiso a figuração de um corpo feminino em viagem na ficção Isaltina Campo Belo da escritora Conceição Evaristo. A investigação crítica focaliza os recursos narrativos mobilizados pela autora com o fito de representar uma personagem feminina, lésbica e negra, cujo processo de subjetivação, ou descoberta de si, se engendra sob a coerção de múltiplas opressões, resultando no acionamento de diferentes posicionalidades à medida que esse sujeito feminino se põe em trânsito, ou em linha de fuga.

Biografia do Autor

Bruno Cardoso, UNB ‒Universidade de Brasília ‒ Doutorando em Literatura e Práticas Sociais ‒ Brasília ‒ DF

Graduado em Língua Portuguesa e Literaturas Vernáculas e Mestre em Linguística pela Universidade Federal de Santa Catarina. Doutorando em Literatura e Práticas Sociais pela Universidade de Brasília.

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Publicado

11/02/2019

Edição

Seção

Literatura Negra Brasileira