Um olhar sobre si: os desdobramentos da memória nas Confissões, de Paul Verlaine

Autores

  • Bruno Anselmi Matangrano USP ‒ Universidade de São Paulo ‒ Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas ‒ Programa de Pós-graduação em Literatura Portuguesa do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas ‒ São Paulo – SP ‒ Brasil.

Palavras-chave:

Autobiografia, Confissões, Devaneio, Memória, Paul Verlaine,

Resumo

Apesar de extremamente prolífera, muito pouco se comenta ou se estuda da obra em prosa de Paul Verlaine (1844-1896), composta por ficções, textos críticos e relatos de viagem, além de um conjunto consideravelmente extenso de obras autobiográficas, dentre as quais se destaca o livro Confessions. Obra relevante não apenas pela curiosidade histórica, mas também por sua qualidade literária, na qual o autor relata boa parte de sua vida, valendo-se de um gênero de regras próprias, na esteira de Santo Agostinho (354-430 d. C.) e Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), com os quais dialoga, para tecer reflexões sobre a vida, a morte, o amor, a arte e a perda. A partir disso, propõe-se uma leitura dessa obra tão interessante e esquecida, atentando para os questionamentos do Eu e para os processos de constituição da memória – à luz dos estudos de Henri Bergson (1859-1941) e Gaston Bachelard (1884-1962), ao mesmo tempo em que se pretende analisar o caráter plástico-literário de suas imagens, o que, por sua vez, também constitui um importante recurso mnemônico.

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Publicado

26/03/2018

Edição

Seção

Artigos