Os livros de linhagens na Idade Média portuguesa – um gênero híbrido, suspenso entre a genealogia e a narrativa

Autores

  • José D'Assunção Barros USS - Universidade Severino Sombra/Vassouras - RJ

Palavras-chave:

Narrativa medieval, Texto genealógico, Forma híbrida,

Resumo

Este artigo objetiva discutir um gênero literário específico cuja maior singularidade é apresentar-se como uma forma literária híbrida – os chamados “livros de linhagens”, fontes genealógicas e narrativas da Idade Média portuguesa (séculos XIII-XIV). A ênfase da análise dirige-se ao “Livro de Linhagens do Conde Dom Pedro”, compilado durante o reinado de Dom Afonso IV (Ω1325-1357). O texto linhagístico é examinado como um espaço de poder, dentro do qual os grupos da nobreza são colocados diante de situações de inclusão e exclusão social, e o hibridismo textual – alternando a descrição genealógica com narrativas de diversos tipos – é visto como um recurso eficaz para o exercício destes poderes e micropoderes.

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Hibridismo, configurações identitárias e formais