Duas meninas: dissidências em Guimarães Rosa e António Lobo Antunes

Autores

  • Denis Leandro Francisco HUFS ‒ Hankuk University of Foreign Studies ‒ College of International and Area Studies ‒ Department of Brazilian Studies ‒ Yongin-si ‒ South Korea. https://orcid.org/0000-0001-5947-8832

Palavras-chave:

Dissidências, Guimarães Rosa, Identidades, Lobo Antunes, Personagem de ficção,

Resumo

Este artigo analisa aspectos da personagem de ficção em duas narrativas canônicas de língua portuguesa: Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa, e Que farei quando tudo arde?, do escritor português António Lobo Antunes. O objetivo é, através de uma leitura que parte da proposta crítica de Silviano Santiago (“wilderness” ou “qualidade selvagem” do texto literário) e das proposições teóricas de Jacques Derrida (“semântica do indecidível”), demonstrar como a construção ficcional dessas personagens de sexualidades dissidentes impulsiona a própria diegese, conformando as textualidades também dissidentes dessas duas obras. A análise empreendida indica que o processo de metamorfose identitária experienciado por essas duas “personagensmônada” e revelado ao final de suas respectivas narrativas obriga o leitor a um constante reposicionamento interpretativo, evidenciando que essas personagens textualizam o famoso axioma “character is plot, plot is character”.

Biografia do Autor

Denis Leandro Francisco, HUFS ‒ Hankuk University of Foreign Studies ‒ College of International and Area Studies ‒ Department of Brazilian Studies ‒ Yongin-si ‒ South Korea.

Doutorado em Literatura Comparada (Estudos Portugueses)

Mestrado em Literatura Brasileira 

Departamento de Estudos Brasileiros 

Área: Língua Portuguesa e Literaturas de Língua Portuguesa 

 

 

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Publicado

30/07/2019

Edição

Seção

Literatura e Sexualidades Dissidentes