Antologias do desejo: onde o prazer ousa ter fala
Palavras-chave:
Antologias, Minorias, Poesia erótica, Representatividade,Resumo
Uma vez que as antologias refletem os temas em evidência de uma época, o artigo analisa quatro obras cujos textos e autores foram reunidos em torno do erotismo, tema clássico e recorrente nas literaturas, sobretudo em tempos onde imperam o autoritarismo, o conservadorismo e o fundamentalismo. A literatura erótica, com seu discurso licencioso, impõe-se como mecanismo de transgressão e crítica aos costumes, ao mesmo tempo em que agencia os saberes sobre o corpo e o uso que se faz dos prazeres. Ao reunir textos de uma tradição do discurso erótico de diversas épocas e culturas, o que pretende o organizador e tradutor? Qual a importância de uma antologia de poemas eróticos na história da literatura brasileira? Por que as minorias precisam demarcar um território e um lugar de fala na literatura? Este artigo propõe uma leitura do discurso erótico através de antologias como atos políticos nos quais o cânone é atravessado, confundido, revisto e reatualizado em nome das demandas urgentes dos discursos e produções contemporâneas. Nosso estudo parte das obras Antologia erótica em tradução (2006), organizada por José Paulo Paes, e da Antologia da poesia erótica brasileira (2015), organizada por Eliane Robert Moraes, e se detém em duas antologias de minorias dissidentes: Poesia gay brasileira – Antologia (2017), organizada por Amanda Machado e Marina Moura, e Pretumel de chama e gozo: antologia de poesia negro-brasileira erótica (2015), organizada por Cuti e Akins Kintê.
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