A pedra de ferro e o riachinho

Natureza e devastação em Drummond e Guimarães Rosa

Autores

  • Alexandre Amaro e Castro CEFET-MG – Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais – Campus Belo Horizonte – Departamento de Letras e Tecnologia – Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagens – Belo Horizonte – MG https://orcid.org/0000-0002-5842-0863

Palavras-chave:

Natureza, Preservação, Mineração, Poesia, Narrativa

Resumo

O presente artigo analisa a relação entre o homem e a natureza a partir da abordagem das obras de Carlos Drummond de Andrade e João Guimarães Rosa. Na poesia e na prosa desses autores, é possível perceber a preocupação com a preservação do meio ambiente, de forma militante e aguerrida em Drummond e de um modo mais simbólico e indireto em Rosa. Os recentes desastres ecológicos nas barragens da Vale em Mariana e Brumadinho trouxeram à tona questões prenunciadas em poemas como “Canto mineral” do escritor itabirano, ou em narrativas como “Uma estória de amor” do autor de Grande sertão: veredas. O tensionamento entre progresso e preservação está no cerne das discussões contemporâneas, num contexto em que nossas florestas estão ameaçadas por um projeto explorador nocivo, apoiado pelo próprio governo federal, que enfraquece órgãos de fiscalização na mesma proporção em que permite a ação de garimpeiros e pecuaristas em áreas que deveriam ser protegidas pelo Estado. O resgate dessa temática na obra dos autores mineiros lança luz sobre um assunto de extrema urgência e nos permite refletir criticamente sobre o mundo contemporâneo.

Biografia do Autor

Alexandre Amaro e Castro, CEFET-MG – Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais – Campus Belo Horizonte – Departamento de Letras e Tecnologia – Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagens – Belo Horizonte – MG

Alexandre Amaro é professor de Português e Literatura do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais. Atualmente, cursa o doutorado em Estudos de Linguagem nessa mesma instituição, com a pesquisa sobre leitura como remição de pena nos presídios da região metropilitana de Belo Horizonte.

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Publicado

12/02/2021

Edição

Seção

Sob o ponto de vista da floresta