Intelectuais itinerantes, espaços pós-coloniais

rupturas, mediações, subversões na obra A ilha da chuva e do vento, de Simone Schwarz-Bart

Autores

  • Gislene Teixeira Coelho IFSUDESTEMG – Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais. Juiz de Fora – MG – Brasil.

Palavras-chave:

Itinerância, Interculturalidade, Pós-colonialismo

Resumo

Este artigo objetiva desenvolver uma leitura da experiência da diáspora negra como um catalizador de mudanças na relação homem-terra-identidade, uma vez que a condição diaspórica engendra um espírito crítico e subversivo atuante no esfacelamento das práticas e ocupações humanas autoritárias e excludentes, em que se salienta a continuidade do legado colonial sob a forma de racismo, fronteiras e relações políticas e econômicas desiguais. Arrolar-se-ão nomes emblemáticos de estudiosos da diáspora negra, articulando-os com a obra A ilha da chuva e do vento, de Simone Schwarz-Bart, as quais, em conjunto, esboçam uma contranarrativa aos conceitos de nação e de identidade nacional, trazendo, em contrapartida, uma flexibilização das referências espaciais e identitárias. Esse grupo de intelectuais discursa a partir de experiências de itinerância e mediações, de modo a agregar ao pensamento pós-colonial a projeção de espaços interculturais, de onde se vislumbra a superação da herança colonial da violência e do estranhamento.

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Publicado

30/03/2022

Edição

Seção

Literaturas pós-coloniais e formas do contemporâneo