Virgílio Várzea e o naturalismo do sul
DOI:
https://doi.org/10.58943/irl.v1i56.18135Palavras-chave:
Virgílio Várzea, Naturalismo, Realismo, Vida literáriaResumo
O trabalho estuda a trajetória do escritor catarinense Virgílio Várzea (1863- 1941) e sua relação com a estética naturalista. Propõe que Várzea e sua obra representam um “naturalismo do Sul”, uma vertente naturalista com mais descrição do que narração, ligada aos Irmãos Goncourt e a uma concepção de ficção naturalista como “pintura de quadros”. Em Santa Catarina, Várzea protagonizou uma cruzada antirromântica apoiada num amplo espectro de ideias modernas e científicas que ele chamava de “naturalismo”. Lá publicou com Cruz e Souza o volume de contos Tropos e fantasias (1885), marcado por temas e ideias naturalistas e evolucionistas. Ao migrar para o Rio de Janeiro em 1890, levou o “naturalismo do Sul” para a capital cultural do país, no contexto da euforia pós-império e da polêmica Velho/Novo x Norte/Sul, que protagonizou ao lado de Oscar Rosas (1864-1921) e outros escritores sulistas. O “naturalismo do Sul” era uma alternativa ao canônico “naturalismo do Norte”, representado por Aluísio Azevedo (1857-1913) e Adolfo Caminha (1867-1897). A trajetória de Virgílio Várzea revela que havia outras concepções de naturalismo em circulação e competição no Brasil oitocentista.
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