Gente sem mundo
o falhanço da civilização na obra A charca, de Manuel Bivar
DOI:
https://doi.org/10.58943/irl.v1i58.18732Palavras-chave:
Narrativa portuguesa hipercontemporânea, Identidade, A charca, Tecnologia, NaturezaResumo
Neste ensaio, apresento uma leitura da obra A charca, de Manuel Bivar, sob a perspectiva do esfacelamento da civilização e o reencontro do homem com uma natureza primordial, selvagem e brutal. Dono de um discurso furioso e potente, crítico da sociedade do hiperconsumo e da tecnologia onipresente, o protagonista da narrativa isola-se do mundo, das pessoas e de sua própria vida pregressa para tentar recompor-se enquanto sujeito e garantir a própria sobrevivência num planeta em meio ao caos. Na análise de conceitos-chave como a dissolução das identidades no mundo tecnológico, a simbologia do fim do mundo e a natureza em seu estado puro, utilizo, como arcabouço teórico, autores como Byung-Chul Han, Gilles Lipovetsky, Zygmunt Bauman, Christian Dunker, Ana Paula Arnaut, Pedro Eiras, entre outros.
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