Gente sem mundo

o falhanço da civilização na obra A charca, de Manuel Bivar

Autores

  • Paulo Ricardo Kralik Angelini PUCRS – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – Escola de Humanidades – Programa de Pós-Graduação em Letras – RS – Brasil

DOI:

https://doi.org/10.58943/irl.v1i58.18732

Palavras-chave:

Narrativa portuguesa hipercontemporânea, Identidade, A charca, Tecnologia, Natureza

Resumo

Neste ensaio, apresento uma leitura da obra A charca, de Manuel Bivar, sob a perspectiva do esfacelamento da civilização e o reencontro do homem com uma natureza primordial, selvagem e brutal. Dono de um discurso furioso e potente, crítico da sociedade do hiperconsumo e da tecnologia onipresente, o protagonista da narrativa isola-se do mundo, das pessoas e de sua própria vida pregressa para tentar recompor-se enquanto sujeito e garantir a própria sobrevivência num planeta em meio ao caos. Na análise de conceitos-chave como a dissolução das identidades no mundo tecnológico, a simbologia do fim do mundo e a natureza em seu estado puro, utilizo, como arcabouço teórico, autores como Byung-Chul Han, Gilles Lipovetsky, Zygmunt Bauman, Christian Dunker, Ana Paula Arnaut, Pedro Eiras, entre outros.

Biografia do Autor

Paulo Ricardo Kralik Angelini, PUCRS – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – Escola de Humanidades – Programa de Pós-Graduação em Letras – RS – Brasil

Professor adjunto e coordenador do Departamento de Estudos Literários da Faculdade de Letras/PUCRS, é coordenador do Núcleo de Pesquisa Interdisciplinar de Literaturas em Língua Portuguesa da Faculdade de Letras/PUCRS e do Grupo de Pesquisa Cartografias Narrativas em Língua Portuguesa: redes e enredos de subjetividade.

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Publicado

19/03/2024