Aparição de Vergílio Ferreira no cinema
(re)criação e (re)interpretação
DOI:
https://doi.org/10.58943/irl.v1i58.18737Palavras-chave:
Vergílio Ferreira, Aparição, Cinema, Fernando Vendrell, GêneroResumo
Este estudo aborda os dispositivos de transficcionalização envolvidos na adaptação do romance Aparição (1959), de Vergílio Ferreira, ao cinema, dirigido por Fernando Vendrell (Aparição, 2018) e roteirizado por Fátima Ribeiro e João Milagre. O foco está no processo de transcodificação de um sistema comunicativo para outro e em seu consequente potencial de (re)interpretação e (re)criação (HUTCHEON, 2011) do romance. Reconhecendo a dificuldade de transporte para o cinema de uma mundividência de cunho reflexivo, metafísico, existencialista como a de Ferreira, parto da análise da semiótica fílmica, recaindo sobre o modo como história, tempo, espaço, personagens são transfigurados no sentido de reler alguns eixos temáticos da obra “original”. Entre os aspectos que recebem novo vigor crítico-temático, está a representação de mulheres numa sociedade conservadora, patriarcal, sob o jugo do Estado Novo, evidenciada, sobremaneira, nas performances de gênero (BUTLER, 1998) que dão sobrevida (REIS, 2018) às personagens Sofia e Ana.
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