É tarde, Inês é morta

a encenação da falta em “Pedro, o cru”, em diálogo com a contemporaneidade

Autores

  • Camila da Silva Alavarce Ufscar – Universidade Federal de São Carlos – Departamento de Letras. São Carlos – SP

DOI:

https://doi.org/10.58943/irl.v1i57.18741

Palavras-chave:

Contemporaneidade, Simbolismo português, Linguagem, Contingência, Morte

Resumo

O presente estudo analisa as confluências entre o final do século XIX português e o cenário contemporâneo – no que diz respeito às inclinações da teoria literária e dos estudos culturais e, ainda, no que se relaciona ao contexto pós-pandemia. Nesse sentido, a peça de António Patrício – situada cronologicamente no início do século XX, publicada em 1918, – coloca questões que ampliam a discussão em torno de temas caros à contemporaneidade, como, por exemplo, a discussão em torno da precariedade da palavra – especialmente diante de um olhar (e de um pensamento criativo) que prioriza a complexidade e a diversidade das subjetividades, em detrimento de qualquer noção de coletividade ou de “centro”. Logo, a referida peça, ao tecer uma “narrativa da interioridade”, cujos acontecimentos estão para além do espaço tido como “normal” ou “típico”, favorece a discussão em torno da contingência da linguagem, retomando, ainda, temas que marcam muito a construção da identidade portuguesa, como o sentimento da saudade e da nostalgia, a morte e a ausência.

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Publicado

06/03/2024