Cosmopolitismo e espaço habitado em Baiôa sem data para morrer, de Rui Couceiro
DOI:
https://doi.org/10.58943/irl.v1i59.19592Palavras-chave:
Romance Português Contemporâneo, Cosmopolitismo, Baiôa sem data para morrer, Rui Couceiro, MelancoliaResumo
N’O Romance Português Contemporâneo Miguel Real, escritor e ensaísta, defende a ideia de que o romance contemporâneo português “tornou-se cosmopolita, eminentemente urbano, dirigido a um leitor global, explorando temas de caráter universal, centrado em espaços geográficos exteriores à realidade nacional” (Real, 2012, p. 11). Nesse sentido, a prosa contemporânea portuguesa tenta fugir dos traços que marcaram sua literatura na primeira metade do século XX, com romances regionais, rurais e que buscavam esboçar a identidade do sujeito português. Dito isto, este trabalho tem como objetivo encontrar no romance Baiôa sem data para morrer, lançado em 2022 por Rui Couceiro, traços do cosmopolitismo, uma vez que o romance narra a vida dos moradores do vilarejo Gorda-e-Feia, no Alentejo, especialmente a de Joaquim Baiôa que tem a missão de reconstruir as casas do vilarejo. Com uma população idosa, os moradores de Gorda-e-Feia vivem num estado de melancolia e à espera da morte. Sendo assim, este trabalho busca encontrar na narrativa elementos que enquadram o romance como cosmopolita, já que a premissa do livro não apresenta esse caráter universal. Além disso, pretende-se analisar o tom melancólico presente na obra, sendo essa melancolia promovida pelo atraso e pelas relações sociais que se configuram entre as personagens principais.
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