O tédio contemporâneo nos romances de dulce maria cardoso
DOI:
https://doi.org/10.58943/irl.v1i59.19602Palavras-chave:
Dulce Maria Cardoso, Romance português contemporâneo, Tédio, Contemporaneidade, TempoResumo
Em 2002, Dulce Maria Cardoso publica seu primeiro romance, Campo de sangue, em que o tédio surge como um dos temas principais e, de forma irônica, como propulsor das atitudes dos personagens, que vivem para gastar o tempo. A questão do tédio passa, a partir daí, a permear outras obras da autora, ora relacionando-se aos dias imensos do período da infância ou, com mais frequência, associando-se aos dias sempre iguais tão retratados na literatura moderna a partir do século XIX. Neste ensaio, pretende-se dar foco a essa segunda representação do tédio com base em recortes dos romances Campo de sangue, Os meus sentimentos, O chão dos pardais e Eliete. Para essa leitura, será proposta, de forma breve, uma relação entre a apatia e ausência de perspectiva dos personagens de Dulce Maria Cardoso e o fim da tradição ocidental de esperança (Fromm, 2015) ou ausência de ilusões (Pessoa, 2019) prenunciada, no Portugal do início do século XX, pelo semi-heterônimo Bernardo Soares.
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