As representações da violência em Isabela Figueiredo e Judite Canha Fernandes

Autores

  • Penélope Eiko Aragaki Salles Doutoranda em Estudos de Literatura. UFSCar – Universidade Federal de São Carlos. Faculdade de Letras – Departamento de Letras. São Carlos – SP – Brasil

DOI:

https://doi.org/10.58943/irl.v1i59.19618

Palavras-chave:

Literatura portuguesa contemporânea, Violência, Isabela Figueiredo, Judite Canha Fernandes, Autoria feminina

Resumo

Ao longo dos séculos, a violência foi minimizada e aceita pela sociedade, e isso não foi diferente na história recente de Portugal. Após o 25 de Abril, o país passou por um período de instabilidade econômica, social e política e teve que enfrentar os processos de independência de suas antigas colônias em África, que após anos de lutas e conflitos conseguiram finalmente a liberdade. Este artigo pretende mostrar como algumas práticas violentas nessas antigas colônias, especificamente em Moçambique e no arquipélago de Cabo Verde, foram toleradas e naturalizadas pela sociedade portuguesa, e relativizar o mito do português não-racista e cordial que ainda vigora hoje. Dessa forma, propomo-nos a analisar duas obras literárias portuguesas contemporâneas que retratam esse período: Caderno de memórias coloniais (2009), de Isabela Figueiredo, e o romance Um passo para sul (2018), de Judite Canha Fernandes.

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Publicado

05/12/2024