O humanista saramago
por uma poética sensível acerca da política, da democracia e dos direitos humanos
DOI:
https://doi.org/10.58943/irl.v1i59.19635Palavras-chave:
Literatura e Direitos Humanos, José Saramago, Literatura e PolíticaResumo
No ano de 2003, em entrevista ao jornal O Globo, José Saramago afirmou que “sem democracia não pode haver direitos humanos, mas sem direitos humanos também não pode haver democracia. [Contudo], estamos numa situação em que se fala muito de democracia e nada de direitos humanos”. A fala do escritor português não (res)soa, ao sujeito contemporâneo, apenas como alerta de perigo, antes disso, convoca-nos para uma reflexão crítica e, certamente, conjunta acerca da política global e da própria promoção dos direitos humanos. Passadas mais de duas décadas de sua afirmativa, podemos observar, especialmente no caso brasileiro, o fortalecimento de ataques, em dimensão física e discursiva, às instituições democráticas, o descaso de certos governos com a dignidade de seu povo e, como resultado direto desses elementos, a proliferação de narrativas que menosprezam os direitos humanos e, em alguma medida, a própria vida. Diante do cenário que se coloca, o corrente ensaio objetiva apresentar um panorama acerca da obra de José Saramago, estabelecendo paralelos entre a suas produções ficcionais e a sua percepção pessoal sobre a política, a democracia e os direitos humanos.
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