A memória é uma província da imaginação
uma leitura de Partes de África, de Helder Macedo
DOI:
https://doi.org/10.58943/irl.v1i60.20260Palavras-chave:
Helder Macedo, Partes de África, Memória, Literatura PortuguesaResumo
O presente artigo pretende pensar o romance Partes de África, de Helder Macedo, a partir das relações entre memória e imaginação. O romance mistura a memória pessoal e familiar do autor, a história dos últimos estertores do império português e o investimento romanesco de diluição das fronteiras entre factual e ficcional. Lembrança e elocubração são as matérias primas fundamentais da construção narrativa onde a única verdade que interessa é a própria verdade romanesca. No romance, as partes de África também não são propriamente geográficas, mas a reconstrução ficcional de experiências espacializadas em discurso. Este jogo com a textualidade em suas diversas partes também se faz presente na estrutura do romance, que mistura ficção, depoimento, drama, poesia e ensaio. Para empreender a análise proposta, utilizarei como referencial teórico autores como Paul Ricoeur, Teresa Cristina Cerdeira, Vilma Arêas, Márcio Seligmann-Silva, Gilles Deleuze, entre outros.
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