O romance possível
DOI:
https://doi.org/10.58943/irl.v1i60.20264Palavras-chave:
Helder Macedo, Romance, Literatura, AlucinaçãoResumo
Apresentamos leitura crítica de O Romance Possível (2015) de Helder Macedo, longo poema publicado em Lisboa pela Editorial Presença. Observa-se a emergência de um narrador “desapiedado” e a intencional recusa do autor às exigências do mercado cultural, que busca “platitudes” como facilidade de compreensão e rapidez de leitura. O romance, ao desorientar o leitor e remeter a outras obras, estabelece um diálogo com Bernardim Ribeiro, especialmente seu “Romance”, tema de estudo prévio do autor. A obra de Macedo é apresentada como estando “em construção”, caracterizada por espaços e tempos simultâneos e contraditórios que geram um “efeito alucinógeno”. Essa abordagem é conectada aos “modos literários da alucinação”, onde o fantástico incide sobre os “processos mentais de quem vê o que não pode ‘estar lá’”. A narrativa é descrita como uma “conversa da ficção consigo mesma”, sem compromisso com a verossimilhança. A fluidez temporal e a “linguagem desconhecida” refletem a instabilidade da contemporaneidade.
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