Manoel de Barros: rebelde amor diante da tradição
Palavras-chave:
Manoel de Barros, Poesia brasileira, Cânone, InfânciaResumo
Em Poemas concebidos sem pecados (1937), Manoel de Barros reverbera o período combativo do Modernismo brasileiro, lançando invectivas aos parnasianos e aos nefelibatas, realizando versos prosaicos, nos quais lampejam ao fundo a complexidade metafórica e um cosmos linguístico inusitado, de imagens antitéticas cujo surrealismo se fi rma sobre uma base referencial e de linguagem que aspira à normalidade. Em Memórias inventadas: A infância (2003) e Memórias inventadas: A segunda infância (2006), o poeta retoma – em prosa poética – a temática da infância, refundindo como imaginária a narrativa que o senso comum defi ne como de fatos objetivamente históricos. Tanto na obra de estréia como nos volumes de agora, Manoel de Barros enfrenta o cânone literário e o das artes plásticas com a rebeldia dos que amam o passado estético, pois com base nele recriam, de modo revolucionário, a própria tradição literária.
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