A poesia que conta histórias
Palavras-chave:
Romance medieval, Poesia oral, Gestualidade, Perenidade da fórmulaResumo
Este texto se propõe a analisar e comparar poemas que se caracterizam pelo modo romance de contar a história singular de um personagem real ou ficcional. Partimos de um romance carolíngio, produzido na Idade Média e que poderia ser um dos motivos da “Moda da cadeia de Porto Alegre”, poema do livro Clã do Jabuti, de Mário de Andrade, para chegar à comparação com o romance popular “Juliana”, recolhido no começo de século XX, em Pernambuco, por Magalhães e, finalmente, com um romance, chamado Santa Marta, cantado nos dias de hoje por um cantador uruguaio de nome Mario Carrero. Esses poemas demonstram modos identitários de fazer história, uma vez que a presença desse gênero romance nas duas Américas: a portuguesa e a espanhola é um marco da vigência da cultura ibérica medieval em terras americanas. Pode-se dizer que se trata de uma mesma cultura que sobrevive em naturezas (geografi a física) diversas. A característica principal dessa criação literária, certamente de origem oral e, consequentemente, oralizante é a capacidade de comunicação, através do ritmo, e do conteúdo ético.
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