Opressão e identidade: o duplo da colonização
Resumo
Este artigo discute, a partir do livro de Helder Macedo, Pedro e Paula, formas de enfrentamento da opressão política vivenciadas por indivíduos/personagens que não concordam com a opressão, mas fazem parte das camadas dominantes. As contradições sociais que advêm de uma realidade social baseada na exploração de classe, somada à dominação colonial, é a tônica desta representação romanesca, que não poupa os colonizadores, mas também não os trata como um conjunto homogêneo de dominadores. A construção das personagens é feita através de um diálogo com o texto machadiano que discute a natureza da simultaneidade do contraditório. Histórias de vida semelhantes produzem figuras que, embora dependentes, se diferenciam pelo lugar de sujeitos sociais que ocupam. Enquanto a maioria das personagens masculinas acaba por reproduzir as relações sociais, a representação das mulheres cria uma tensão entre o existente e a possibilidade de mudança, que pode levar à loucura, mas que necessariamente não aceita as coisas como dadas.
Palavras-chave: Contradição; reflexo estético; literatura e história; poder; opressão.
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