Do filho pródigo ao herói ladrão: a carnavalização em uma narrativa oral produzida por uma mulher brasileira não-alfabetizada
Resumo
O reconhecimento de que a escrita em muito beneficiou as sociedades modernas, contribuindo para seu desenvolvimento tecnológico, talvez seja a raiz de uma posição teórica que associa a aquisição da escrita a um maior desenvolvimento intelectual. Desta concepção decorre um preconceito: a depreciação das produções orais, principalmente de pessoas não-alfabetizadas. Neste trabalho, pretende-se mostrar um outro conceito, aquele do “letramento”, segundo o qual haveria uma interpenetração dos discursos oral e escrito. Este fato será ilustrado pela análise de uma narrativa oral produzida por uma mulher não-alfabetizada, que é contadora de histórias. Pretendemos mostrar que se pode estabelecer uma filiação da narrativa oral analisada a outras narrativas consagradas pelo discurso escrito, o que evidencia uma interpenetração de práticas discursivas orais e escritas nas sociedades letradas.
Palavras-chave: Narrativas orais; letramento; interpenetração oralidade/escrita e práticas letradas.
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