A iniciação alquímica e os mistérios órficos n'<i>A montanha mágica</i>
Resumo
O artigo analisa o romance de Thomas Mann inserindo-o na tradição literária ocidental como uma reatualização do mito de Orfeu. Mostramos como Hans Castorp tem seu paralelo mítico na figura do poeta que desceu ao mundo dos mortos e voltou como o portador dos mistérios da existência. A estrutura do romance é exposta de forma a demonstrar o intuito de Mann de criar um romance de iniciação, uma paródia do Bildungsroman (romance de formação) em que os ideais burgueses de educação são ironizados. O jovem burguês se descobre tuberculoso, a doença que se atribuía aos artistas, e desperta para a problemática humana com a iniciação alquímica que empreende em seus sete anos de encantamento na montanha mágica, na verdade, um sanatório para tuberculosos na Suíça. A cura é vislumbrada no Homo Dei, o andrógino buscado pelos alquimistas e a versão manniana do Übermensch de Nietzsche.
Palavras-chave: Iniciação; Formação; Alquimia; Orfeu.
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