<i>Andromaque</i>, de Jean Racine: duas leituras

Autores

  • Guacira Marcondes Machado
  • Norma Domingos

Palavras-chave:

Andromaque, Jean Racine, Tragédia clássica, Sur Racine, Roland Barthes,

Resumo

Este artigo tem o objetivo de apresentar uma obra-prima do teatro clássico francês: Andromaque (1667), de Jean Racine. Primeiramente, efetuamos sua leitura segundo os princípios da doutrina clássica, que se formou entre 1620 e 1660, na França. Nessa perspectiva, Andrômaca, rainha troiana vencida e cativa, é a personagem triunfante, uma forte personalidade feminina fora do alcance do leitor/espectador: quem é de fato Andrômaca, enquanto Pirro não está morto? Em seguida, destacamos uma das análises realizadas pela crítica literária do século XX, a qual utilizou instrumentos interpretativos vários. A leitura que fez Roland Barthes (1963) em Sur Racine subverte a interpretação anterior que se fazia à luz da doutrina clássica, apresentando-nos Pirro como o grande herói trágico, e a personagem mais emancipada do teatro raciniano.

Downloads

Edição

Seção

Dramaticidade na literatura